Em 2023, a balança comercial brasileira atingiu um marco histórico com um superávit de US$ 98,838 bilhões, superando em 60,6% o resultado do ano anterior. Este desempenho excepcional foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo uma safra recorde de soja e uma redução significativa nas importações.
Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil alcançou exportações totais de US$ 339,673 bilhões em 2023, um aumento de 1,7% em relação a 2022. Por outro lado, as importações diminuíram 11,7%, somando US$ 240,835 bilhões.
Dezembro de 2023, em particular, registrou um superávit de US$ 9,36 bilhões, com exportações de US$ 28,839 bilhões e importações de US$ 19,479 bilhões. O aumento nas exportações deve-se principalmente ao crescimento de 8,7% no volume exportado, impulsionado pela safra recorde de grãos. No entanto, houve uma queda de 6,3% nos preços médios, influenciada principalmente pela desaceleração nas cotações das commodities.
Nas importações, a queda dos preços foi marcada pela redução no preço internacional do petróleo e seus derivados, como fertilizantes, uma consequência direta do término do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Geraldo Alckmin, Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e Vice-Presidente da República, destacou que, apesar da queda no preço das commodities e do crescimento mais lento da economia global, o Brasil avançou 8,7% no volume e 1,7% no valor das exportações. Ele também anunciou uma meta de exportações de US$ 348 bilhões para 2024 e salientou o recorde de 28,5 mil empresas exportadoras no Brasil em 2023.
Os principais mercados que contribuíram para este crescimento foram China, Indonésia, México, Vietnã, Argentina, Uruguai e Paraguai. O resultado da balança comercial superou as expectativas do mercado financeiro, que projetava um saldo entre US$ 96,2 bilhões a US$ 98,4 bilhões.
Para 2024, o MDIC prevê um superávit de US$ 94,4 bilhões, o que representa uma redução de 4,5% em comparação com 2023. Este valor se alinha com a expectativa de aumento nas exportações e importações.
